segunda-feira, 19 de março de 2012

‘‘Alice no País das Maravilhas’’

Num verão,com sol perfeito,devagar flutua um bote A remadora, sem jeito, espera que ninguém note que não navega direito,mal sabe o que é sul ou norte.


Foi então que três meninas pediram por uma história a quem pudesse contá-la, fosse inventada ou memória.Uma língua,contra três, não tem mesmo escapatória.


A primeira, a mais mandon, perguntou: ‘‘ quando começa ? ’’ A segunda preferia histórias sem pé ou cabeça. E a terceira, mais curiosa, queria saber coisa à beça.


Quando o silêncio vence a fantasia avança no maravilhoso mundo dos sonhos de criança, então os bichos cantam e a verdade dança.


Idéias vão embora e o conto só piora. Quem conta, sua e cora e tenta cair fora: ‘‘ O resto, noutra hora. ’’ E elas: ‘‘ Não!Já é!Agora! ’’


O País das Maravilhas nasceu assim, inventado.
Quem contou? Isso não conta.Já se contou, está contado.E a turma voltou para casa, feliz, sob o sol dourado.


Só com coisas de importância: afetos, brincos, memórias, bilhetes, perdas, vitórias, misturados a distância, Alice!, guarde esta história lá nas gavetas da infância.

Nenhum comentário:

Postar um comentário